domingo, dezembro 26, 2004

Hipertexto

Tecnicamente, um Hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou partes de gráficos, sequências sonoras ou documentos. Os itens de informação não são ligados linearmente, como uma corda com nós, mas cada um deles, ou a maioria deles, estende conexões em estrela, de modo reticular.Funcionalmente, um

Hipertexto é um tipo de programa para a organização de conhecimento ou dados, a aquisição de informações e a comunicação;A rede hipertextual é uma galáxia de conexões descentradas, topológicas, que se opõem ao modelo da árvore hierarquizada.Existem cinco princípios abstractos, tais como,

  • O Princípio de Metamorfose - a rede hipertextual está m constante construção e renegociação. Ela pode permanecer estável durante um certo tempo, mas esta estabilidade é em si mesma fruto de um trabalho. A sua extensão, a sua composição e o seu desenho estão permanentemente em jogo para os actores envolvidos, sejam eles humanos, palavras, imagens, traços de imagens, objectos, componentes destes objectos, entre outros.

  • O Princípio da Heterogeneidade - os nós e as conexões de uma rede hipertextual são heterogéneas: imagens, sons, palavras, diversas sensações, modelos, etc. Na comunicação, as mensagens são multimídias, multimodais, analógicas, digitais, etc.

  • O Princípio de Multiplicidade - o hipertexto organiza-se em qualquer nó ou conexão. Quando analisado pode revelar-se como sendo composto por toda uma rede, e assim por diante, indefinidamente.

  • O Princípio da Topologia - nos hipertextos, tudo funciona por proximidade, por vizinhança. Neles, o curso dos acontecimentos é uma questão de topologia, de caminhos. Não há espaço universal homogéneo onde haja forças de ligação e separação, onde as mensagens poderiam circular livremente.

  • O Princípio de Mobilidade dos Centros - a rede não tem centro, ou melhor, possui permanentemente diversos centros que são como pontas luminosas perpetuamente móveis, saltando de um nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação infinita de pequenas raízes, de rizomas, finas linhas brancas esboçando por um instante um mapa qualquer com detalhes delicados, e depois correndo para desenhar mais à frente outras paisagens de sentido.

DIAS, Ângela C., (S/D), ?Algumas ideias sobre o Hipertexto? (encontrado em Dezembro de 2004 em http://164.41.25.201/html/hipertexto.html").



Fig. - Representação de um Hipertexto.